16 de out. de 2006

Festas de Casamento


Olá noivas e noivos, sei que no meu último "post" comentei que iria escrever sobre como definir o horário do casamento, mas fazendo uma busca na internet encontrei esta matéria e resolvi compartilhar ela com vcs. Prometo que volto e escreverei sobre este assunto.

A matéria fala sobre a tradição do casamento e vem acompanhada de uma deliciosa receita de Bem-Casados!

Segue a matéria, boa leitura a todos!
Beijos e até o próximo "post"!

Festas de Casamento

Sábado, 30 de setembro de 2006, 07h56 - Lecticia Cavalcanti

Foto: Reprodução dos docinhos de casamento, o mais famoso é o bem-casado

Festas de casamento são muito parecidas, no mundo todo. E sempre carregadas de muito simbolismo. Bolos de casamento têm cobertura branca, lembrando pureza e virgindade. A primeira fatia é cortada pelos noivos, de mãos juntas, já com alianças. Essas alianças, em sua forma redonda, representam a própria eternidade - ausência de começo ou fim. São usadas no dedo anular da mão esquerda, desde os egípcios; por se acreditar passar, nesse dedo, uma veia que corre em direção ao coração.

Vestidos de noiva, até a Idade Média, tinham cores variadas: eram vermelhos, símbolo de amor eterno; azuis, sentido de permanência; ou verdes, sinal de esperança. Até quando se casou a rainha Vitória. A partir dela passou-se a usar só branco, imitando os bolos.

Noivas usam também véu e grinalda, reproduzindo coroas usadas por deuses da Grécia e de Roma. E na mão levavam um buquê, nos tempos antigos formado por mistura de ervas, alho (para afastar os maus espíritos) e grãos (garantia de união frutífera). Alguns eram ainda polvilhados com açúcar - para que a noiva permanecesse doce, por toda a vida. Hoje se usa apenas flores, anunciando a primavera de um novo tempo.

Noivos também se beijam, no fim da cerimônia - representando uma troca dos espíritos, na respiração. Ao fim da festa, seguindo velho hábito de hindus e chineses, se joga arroz nos recém-casados - símbolo de fertilidade e prosperidade. Hoje, o costume está restrito à saída da Igreja.

Depois vem a Lua de Mel - costume que remonta aos tempos em que os noivos, depois do casamento, iam para um lugar afastado. E lá permaneciam por uma fase da lua, bebendo mistura de vinho e mel - para torná-los ainda mais apaixonados.

Mas bebida de casamento é mesmo champanhe. Bom lembrar, que recebe esse nome apenas o vinho produzido na região de Champagne - segundo uma lei francesa de 1927. No resto da França é "vin mousseux"; na Itália, "spumante" ou "prosecco"; na Alemanha "sekt"; na Espanha "cava"; em Portugal e no Brasil, "espumante".

Beber com amigos é hábito copiado dos bárbaros, que bebiam o sangue do inimigo em seus próprios crânios. Para celebrar a vitória e herdar, deles, vigor e virtudes. Era costume, na antiguidade, servir aos convidados também frutas secas: tâmara, amêndoa, castanha, nozes, para expressar votos de que o casal tivesse união duradoura. O hábito se manteve. Com essas frutas sendo agora usadas em recheios e recobertas com calda de açúcar vitrificada.

Dos docinhos de casamento, o mais famoso é o bem-casado - como que dando forma a própria união dos noivos. Têm origem nos "casadinhos" portugueses, presentes em todas as festas da região entre o Douro e o Minho. Tendo, os de lá, massa com textura mais de biscoito que de bolo. Aqui, é feito com dois pequenos discos de massa leve de pão-de-ló, unidos com doce de leite ou de ovos; após o que, são cada um deles, cuidadosamente embrulhados.

Hoje casa meu filho Sergio. A festa será parecida com a de seus avós, a de seus pais e, no futuro, a que terão seus filhos e netos. Assim seja. É um sentimento estranho, esse, de ver um filho partir. A gente pensa que foram feitos para ficar sob nossas asas, eternamente.

Talvez percebendo isso, semana passada ele me perguntou - "Mãe, eu já fiz 12 anos ?". Respondi, com absoluta convicção, "Não". José Paulo, meu marido, tirou qualquer esperança que ele pudesse ter - "Nem vai fazer nunca, meu filho". Segue a vida.

Essa coluna é dedicada aos noivos. E nos juntamos a Ana Lucia, Costinha e todos os amigos, para desejar que Manuca e Serginho sejam imensamente felizes. Para todo o sempre.



RECEITA

Bem-casado
Ingredientes:
- 6 ovos inteiros;
- 6 colheres de sopa de açúcar;
- ½ colher de café de fermento em pó;
- 14 colheres de sopa de farinha de trigo peneirada;
- ½ kg de doce de leite;

Preparo:
- Bata os ovos e o açúcar por 15 minutos, na batedeira, até que a massa fique bem fofa. Junte fermento e misture bem;
- Acrescente a farinha de trigo peneirada, misturando delicadamente;
- Unte uma assadeira com manteiga e farinha e vá pingando a massa com uma colher de sobremesa, formando pequenos bolinhos com cerca de 4 centímetros de diâmetro. Como crescem, no calor, mantenha algum espaço entre cada um deles, para que não colem;
- Asse em forno pré-aquecido a 250ºC, por 4 a 5 minutos, até a massa dourar;
- Retire da assadeira e dê forma aos bem-casados, usando cortador. Forme pares, unindo cada parelha com doce de leite;
- Faça calda, misturando 2 xícaras de chá de açúcar com ½ xícara de chá de água morna. Mergulhe os bem-casados rapidamente, nessa calda (sempre fora do fogo), com a ajuda de um garfo. Vire para que fiquem molhados por inteiro. Escorra no próprio garfo, de encontro à panela. Retire e coloque de preferência sobre uma grade para secar;
- Se for necessário, pingue na calda um pouco de água morna, durante o preparo, para evitar que resseque;
- Embrulhe cada um deles em papel celofane. Depois cubra com papel crepom e decore com laços de fita e flores.


Lectícia Cavalcanti coordena o caderno Sabores da Folha de Pernambuco, escreve na Revista Continente Multicultural e no site pe.360graus. Fale com Lecticia Cavalcanti: lecticia.cavalcanti@terra.com.br

Fonte da matéria: Link no título.

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